segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Mezuzá

Mezuzá é a palavra hebraica para designar umbral. Consiste em um pequeno rolo de pergaminho (klaf) que contém duas passagens bíblicas manuscritas, Shemá e Vehaiá.


É no conteúdo, guardado em seu interior, que reside o verdadeiro valor da mezuzá, e não em seu invólucro. A mezuzá não deve ser julgada pela sua aparência. Para ser casher deve ser escrita à mão, sobre pergaminho, e por um sofer (escriba) temente e observador dos mandamentos divinos, habilitado para esta função, o que é fator essencial para tornar o pergaminho sagrado.


No momento em que é afixada no batente da porta, ela atrai a santidade de Deus que pairará sobre a casa ou estabelecimento.


No verso do pergaminho estão escritas as letras hebraicas Shin, Dalet e Yud, que forma o acróstico das palavras hebraicas "Shomer Daltot Israel" - "Guardião das casas de Israel".


A mezuzá tem uma função semelhante à do capacete. Ao usá-lo, um possível acidente é evitado ou amenizado. Do mesmo modo, quando é casher, a mezuzá tem o poder de proteger os moradores da casa e evitar infortúnios. Embora atualmente existam centenas de sofisticados equipamentos de vigilância, para o povo judeu a mezuzá afixada na porta sempre constituirá sua maior proteção.


É importante lembrar que o componente principal da mezuzá é o pergaminho, e não o estojo. Deve-se tomar cuidado na hora da compra da mezuzá, pois ela é um objeto sagrado. Deve ser escrita por um escriba autorizado, com tinta e pena apropriadas sobre um pergaminho de um animal casher.



Mesmo que na hora de sua compra a mezuzá esteja casher, ela pode, com o tempo, tornar-se inválida por várias razões. Uma única trinca numa pequena letra pode tornar a mezuzá não-casher, imprópria para uso; por isso ela deve ser periodicamente verificada por um escriba competente.


Amanhã : Leis referentes à colocação da mezuzá.

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