segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

Foto do Dia

Noite de Natal no pátio da Igreja da Natividade em Belém (1945).
FELIZ NATAL !!!

Belém se prepara para um Feliz Natal

A cidade de Belém, na Cisjordânia (Palestina), que vem sendo evitada pelos turistas desde que começou a segunda intifada, a revolta palestina, no ano 2000, está recebendo novamente dezenas de milhares de peregrinos para um natal que se espera "maravilhoso", pela primeira vez em muito tempo.

"Temos esperança de que continue reinando a tranqüilidade. Estou certo de que teremos um Natal maravilhoso", afirma, otimista, Victor Bartaseh, o prefeito desta cidade na Cisjordânia onde, segundo o Novo Testamento, Jesus Cristo teria nascido.

O prefeito espera que este ano cheguem entre 30.000 e 40.000 turistas, o dobro do ano passado.

Em 27 de novembro, em Annapolis (Estados Unidos), os israelenses e os palestinos retomaram oficialmente as negociações de paz, paralisadas durante sete anos pela onda de violência que deixou 6.000 mortos, arruinou a economia da Cisjordânia e empurrou para o exílio muitos de seus habitantes.

No entanto, os turistas voltam, observa Bartaseh, que atribui tal regresso aos esforços de paz, à diminuição da violência, assim como ás iniciativas adotadas por igrejas para favorecer o turismo em um dos lugares mais sagrados do cristianismo.

Porém, basta se afastar das avenidas inundadas de efeites natalinos e entrar nas ruelas esquecidas pelos peregrinos para se perceber novamente a miséria cotidiana de Belém, onde a taxa de desemprego supera os 50%.

A cidade se encontra agora separada de Jerusalém por uma barreira de segurança construída por Israel para se proteger dos grupos armados palestinos.

"Eu não tinha me dado conta da superfície das terras confiscadas, nem do impacto do muro sobre a liberdade de movimento dos palestinos", afirmou Gareth Hewitt, diretor de uma organização de caridade britânica. "São prisioneiros", acrescentou.

O conflito obrigou os cristãos a fugirem. Atualmente eles são entre 15% e 25% em Belém, segundo as estimativas. Antes da criação do Estado de Israel, em 1948, os cristãos representavam 92% da população.

Fonte : G1 notícias.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Vídeo da Semana - Belém em 2006

Vídeo da Semana - The Wall must Fall

Este vídeo mostra a atual situação da cidade de Belém, hoje parte da Cisjordânia (Palestina), separada de Jerusalém por um muro fazendo lembrar os tempos de horror do muro de Berlim.


quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Belém - O local do nascimento de Jesus

Há aproximadamente dois mil anos , Jesus nasceu em Belém. Por quê justamente ali ?

Jesus nasceu em Belém não apenas porque o profeta Miquéias profetizou que assim seria, mas porque Belém significava "Casa do Pão". Em certa ocasião, Jesus disse: "Eu sou o pão da vida; o que vem a mim, jamais terá fome; e o que crê em mim jamais terá sede" (Jo 6.35).

Vamos fazer uma viagem imaginária até Belém. O que aconteceu ali no passado? Como está Belém hoje?

Centro de Belem

BELÉM NO SÉCULO XX

Belém há 59 anos: Israel encontrava-se em plena Guerra da Independência. Era a guerra pela sobrevivência do recém-proclamado Estado judeu. Belém foi ocupada pelo exército jordaniano com o apoio do Iraque, da Síria, do Líbano, do Egito, da Arábia Saudita e do Iemen.

Igreja da Natividade
BELÉM NO SÉCULO XXI

Belém hoje: através dos acordos de Oslo, Belém se encontra sob domínio palestino - exatamente como a Jordânia queria. Assim, Belém faz parte do grupo de cidades da Terra Prometida de onde diariamente partem ameaças terroristas contra Israel.

Interior da Igreja da Natividade
BELÉM HÁ TRÊS MIL ANOS

Quando nos damos conta de que em árabe a palavra "palestinos" é a mesma que "filisteus", ou seja, "filastini", somos lembrados de algo que aconteceu ali há três mil anos: Belém estava ocupada pelos filisteus. O judeu Davi quase se consumia de saudades do lugar onde passara sua infância (2 Sm. 23.13-17).

Davi cresceu em Belém. No deserto, ele cuidava dos animais de seu pai defendendo-os de ursos e leões. Davi tinha um dom especial para música e a poesia hebraica. Através de revelações proféticas, ele sabia que um dia, o Messias, o Salvador prometido, viria de sua descendência. Cerca de 1004 anos antes de Cristo, esse pastor de Belém conquistou a cidade de Jerusalém e elevou-a à condição de capital de seu reino. Por essa razão, há algum tempo, Jerusalém celebrou um jubileu muito especial: 3.000 anos como capital judaica.

BELÉM NO INÍCIO DA ERA CRISTÃ

Belém há 2.000 anos: uma pequena e idílica cidadezinha situada na orla do deserto da Judéia, distante apenas doze quilômetros da esplendorosa capital Jerusalém. Por sua posição geográfica, Belém era muito apropriada para a criação de ovelhas. O deserto da Judéia é um deserto cheio de vida. Durante nove meses do ano ele fornece alimentação para ovelhas e cabras. No inverno, na época das chuvas, o deserto floresce e os montes se cobrem com um tapete verde. Os arredores de Belém são muito férteis, adequados ao plantio de cereais. Daí provém, provavelmente, o significativo nome de Belém, "Casa do Pão".

Praca da Manjedoura - Centro de Belem

UMA SINGULAR HISTÓRIA DE AMOR

No final do segundo século antes de Cristo desenrolou-se em Belém a história de amor entre Rute e Boaz, relatada no livro de Rute. Ele era israelita, ela moabita - o que hoje equivaleria a ele ser israelense e ela jordaniana. Será que esse não foi um romance meio complicado? Não, o relacionamento era bom, até muito bom, por uma razão bem definida: Rute, por profunda convicção pessoal, afastou-se da religião de seus antepassados e buscou refúgio sob as asas do Deus de Israel. Ao se voltar para Deus, ela estava automaticamente aceitando as promessas que o eterno fizera ao Seu povo Israel. Seu casamento foi abençoado com descendentes, e um de seus netos alcançaria um significado especial na história da humanidade: foi Davi, o maior rei de Israel, que conduziu o povo ao seu apogeu político. O sábio rei Salomão pôde, então, construir seu reino de paz sobre as surpreendentes vitórias militares de seu pai Davi.

BELÉM NA PROFECIA

No oitavo século antes de Cristo, Belém ficou no foco das profecias bíblicas. Miquéias, o morastita, anunciou que o Salvador prometido viria da dinastia de Davi e nasceria em Belém: "E tu, Belém-Efrata, pequena demais para figurar como grupo de milhares de Judá, de ti me sairá o que há de reinar em Israel, e cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade" (Mq. 5.2).

DEUS CUMPRE AS PROFECIAS APESAR DA CONFUSÃO POLÍTICA

Os profetas de Israel anunciaram antecipadamente centenas de detalhes sobre o Messias. O último profeta do Antigo Testamento foi Malaquias, por volta do ano 400 antes de Cristo. Quando Belém se encontrava debaixo do domínio persa, esse profeta falou mais uma vez do Esperado. depois dele não houve mais profetas que tenham deixado profecias escritas para o povo de Israel. No Talmude, a mais importante obra teológica para os judeus, está escrito: "Depois dos profetas Ageu, Zacarias e Malaquias o Espírito Santo afastou-se de Israel". Em 300 a.C., Belém caiu sob domínio grego. No ano 63 a.C. os romanos invadiram a Judéia. Em 40 a.C. o senado romano nomeou um "jordaniano", o edomita Herodes para ser "rei dos judeus", que governava também sobre Belém. A pátria dos edomitas situava-se onde hoje é a Jordânia. Mas a espera pelo "Vindouro", como o Messias é chamado muitas vezes pelo povo de Israel, não terminou. Ao contrário, ela ficava cada vez mais ansiosa, até que, numa certa noite, mensageiros celestiais proclamaram nos campos de Belém as grandiosas palavras: "Não temais; eis aqui vos trago boa-nova de grande alegria, que o será para todo o povo: é que hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor" (Lc 2.10,11). Grande alegria porque na "Casa do Pão" finalmente entrava Aquele que tinha autoridade para dizer de si mesmo: "Eu sou o pão da vida" (Jo 6.48).

(Dr. Roger Liebi)



Principal entrada de Belem vindo de Jerusalem