As paredes eram lisas, sem adornos. A lei proibia que os israelitas usassem figuras na decoração. Qualquer desenho que tivesse semelhança com pessoas ou animais era considerado uma imagem de ídolo, e, portanto, estritamente proibido. Contudo, mais recentemente descobriu-se uma sinagoga que ostentava paredes belamente trabalhadas, o que revela haverem exceções para essa regra.
As paredes eram construídas de barro seco, ou então de tijolos. Para fabricarem esses tijolos, eles cavavam um buraco no chão, e nele jogavam água e palha picada. Em seguida amassavam esses elementos misturando-os à terra com os pés. Depois colocavam essa massa em fôrmas de madeira retangulares ou quadradas, e os punham ao sol para secar. Uma vez secos, os tijolos estavam prontos para serem utilizados. Ao fazer tijolos para os palácios e moradias mais ricas, os oleiros estampavam neles motivos decorativos e depois os coziam em fornos especiais.
A argamassa empregada para assentar os tijolos, era o barro também. Contudo as pessoas de posses utilizavam uma mistura de areie cal, ou até de gesso. Outros materiais empregados eram o betume e o piche (Gn 11.3). Depois de prontas, as paredes eram caiadas.
De um modo geral, aquela gente tinha muito trabalho para conservá-las sempre em bom estado, pois sendo feitas de material pouco resistente, sofriam desgaste ao vento e à chuva. A cobra mencionada em Amós 5.19 poderia ter entrado na casa por uma fresta na argamassa.
Apesar de essas construções serem tão frágeis muitas delas resistiram durante séculos. Os fatores que contribuíram para sua longa duração foram um alicerce sólido e tijolos de boa fabricação. Em algumas delas o alicerce era de tijolos "cozidos" em fornos.
Na próxima semana : O Mobiliário
Nenhum comentário:
Postar um comentário