quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

OPEP - Parte II

GUERRA DO YOM KIPPUR

A persistência do conflito israelo-árabe forçou a OPEP a tomar atitudes drásticas. Logo após a Guerra dos Seis Dias em 1967, os membros árabes da OPEP fundaram a Organização dos Países Árabes Exportadores de Petróleo com o propósito de centralizar a política de atuação e exercer pressão no Ocidente, que apoiava Israel. O Egito e a Síria, embora não fossem países exportadores usuais de petróleo, passaram a fazer parte da nova organização. Em 1973, a Guerra do Yom Kippur alarmou a opinião pública árabe. Furiosos com o fato de que o fornecimento de petróleo havia permitido que Israel resistisse às forças egípcias e sírias, o mundo árabe impôs um embargo contra Estados Unidos, Europa Ocidental e Japão.

O conflito israelo-árabe provocou uma crise. Os membros da OPEP pararam de exportar petróleo para o Ocidente, fazendo com que tivessem que reduzir os gastos anuais com energia, aumentar os preços, e ainda vender mercadorias com preço inflacionado para os países do Terceiro Mundo produtores de petróleo. Isto foi agravado pelo Xá do Irã Reza Palhevi, que era o segundo maior exportador de petróleo mundial e aliado mais próximo dos Estados Unidos na época. "É claro que o preço do petróleo vai aumentar", disse ele ao New York Times em 1973. "Certamente, e como ... vocês (países do ocidente) aumentaram o preço do trigo vendido a nós em 300%, o mesmo ocorreu com o açúcar e com o cimento ... vocês compram nosso petróleo bruto e nos vendem ele de volta beneficiado na forma de produtos petroquímicos por uma centena de vezes o preço que vocês o compraram. Seria no mínimo justo que, daqui pra frente, vocês paguem mais pelo petróleo. Poderíamos dizer umas dez vezes mais".

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