A Autoridade Nacional Palestina surgiu como resultado dos Acordos de Oslo, assinados em Setembro de 1993 por Israel e a Organização para a Libertação da Palestina (OLP). Nos termos estabelecidos, a Autoridade deveria existir até maio de 1999. No fim deste período esperava-se ter resolvido o estatuto final dos territórios da Faixa de Gaza e da Cisjordânia, ocupados por Israel após a vitória da Guerra dos Seis Dias de 1967. A Autoridade Nacional Palestina deveria administrar parte significativa destes territórios, assegurando através de forças policiais próprias a segurança dos territórios.
Em maio de 1994 Israel retirou-se de partes da Faixa de Gaza e da cidade de Jericó na Cisjordânia e em pouco tempo a Autoridade entrou em funções. Os seus primeiros membros não foram eleitos, sendo membros da OLP. A Autoridade assumiu o controle da educação, saúde, turismo e finanças.
Apesar da oposição a este processo, oriunda quer do lado palestiniano, quer do lado israelita, a 28 de setembro de 1995 Arafat e o primeiro-ministro Rabin assinaram um acordo em Washington no qual se previa a expansão do controle da ANP na Cisjordânia, assim como a realização de eleições para a presidência da ANP e para o Conselho Legislativo da Palestina. As cidades de Jenin, Nablus, Tulkarm, Belém, Qalqilyah e Ramallah, todas situadas na Cisjordânia, passaram para o controle da ANP. Em outubro de 1995 Israel entregou pequenas aldeias da Cisjordânia à ANP.
Em janeiro de 1996, tiveram lugar as primeiras eleições para a presidência da Autoridade Nacional Palestina e para o Conselho Legislativo da Palestina.
Em fevereiro de 2005, o primeiro-ministro de Israel, Ariel Sharon e Mahmoud Abbas, encontraram-se numa cimeira em Sharm al-Sheikh e declararam uma trégua que terminou com a intifada de Al-Aqsa. Em setembro do mesmo ano, Israel deu por terminada a retirada dos seus colonatos da Faixa de Gaza e a partir de então a ANP passou a assumir o controle daquele território.
Em janeiro de 2006, o Hamas, grupo considerado terrorista pelo Estado de Israel, venceu as eleições parlementares e formou governo com Ismail Haniya como primeiro-ministro. Analistas políticos consideraram a derrota do partido moderado Fatah nas eleições resultado da insatisfação da população palestina com a incopetência e corrupção do partido Fatah, que detinha o poder da Autoridade Palestina. Novas tensões do conflito tomaram forma, uma vez que o Hamas mantém em seu programa político a destruição do Estado de Israel.
No dia 15 de junho, após uma série de conflitos na ANP, o presidente Mahmoud Abbas destitue Ismail Haniyeh de seu cargo, e nomeia Salam Fayyad como primeiro-ministro palestino. O Hamas rejeitos Salam Fayyad e disse que vai continuar controlando a ANP.
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