sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Vídeos da Semana: Bar Mitzvá



Bar Mitzvá

"Aos cinco anos a Torá; aos dez anos, a Mishná; aos treze anos, os mandamentos".
Pirkê Avot

A maioridade religiosa, 13 anos para os meninos e 12 anos para as meninas, é a ocasião de comemorações que marcam esta evolução tão importante na vida do adolescente.

Aos 13 anos, o menino judeu é considerado um adulto responsável po seus atos, do ponto de vista judaico. Bar Mitzvá significa, literalmente, "filho do mandamento". A criança de 13 anos passa a ter as mesmas obrigações religiosas dos adultos, tornando-se responsável pelos seus atos e transgressões.

Na segunda ou quinta-feira mais próxima a seu aniversário, de acordo com o calendário hebraico, o jovem comemora com uma festa religiosa, durante a qual cumpre alguns rituais.

Neste dia o jovemj coloca o tefilin pela primeira vez, na sinagoga. A partir desta data, já pode fazer também parte do minian, o quorum mínimo de dez homens, necessário para a realização de uma reza em comum.

No Shabat do Bar Mitzvá, o jovem é chamado a ler a Torá e conduzir a reza diante de toda a comunidade. Na reza da manhã, lê parte ou toda a Perashá da semana. Geralmente os pais organizam uma Seudá, na qual o jovem pronuncia um discurso para mostrar a sua sensibilidade em entender os comentários dos textos tradicionais.

O Bar Mitzvá é, de várias maneiras, um assunto de família. A escolha do modo de celebrar a cerimônia, depende muito das tradições de cada comunidade. O ritual a ser seguido, o tipo de comemoração a ser organizado, são assuntos muito discutidos em cada família judaica. Mas o mais importante de tudo é fazer com que o jovem sinta que é o centro das atenções naquele dia para seus pais e sua família.

Seus pais lhe transmitem durante toda a sua infância o que consideram de fundamental importância e as prioridades na vida. Dia após dia, mostram-lhe o caminho a seguir, em relação ao aspecto moral, prático ou emocional. Os pais guiam o jovem de 13 anos em sua educação, religião e nos costumes e tradições da sua comunidade. E, se ele tiver a chance de ter avós, tios e tias, estes também contribuem, com exemplos, para a sua educação.

A família sempre teve uma grande importância na educação judaica e na transmissão das tradições. Nos shtetls da Europa Oriental, onde o meio era hostil para os judeus fora dos guetos, a casa judaica sempre ofereceu um abrigo contra o ódio e as perseguições. As tradições ensinadas dentro de casa eram, talvez, mais importantes para a formação dos jovens do que as ensinadas nas escolas ou sinagogas. Enquanto comemorava as festas judaicas, a família passava os seus valores de uma geração para outra.

Na época do Templo, o pai conduzia seu filho de 13 anos até o sacerdote, no Templo. Este, então, dava a benção para o jovem, assim como conselhos morais. Provavelmente, a cerimônia de Bar Mitzvá tem aí a sua origem. A Torá, inclusive, chama Levi, filho de Jacó, de "homem" (ish), pela primeira vez, quando ele completa 13 anos. Depois da destruição do Templo, os judeus se acostumaram a fazer uma fezta em torno do menino de 13 anos. Os membros da comunidade se reúnem na sinagoga na segunda ou na quinta-feira que antecedem seu aniversário de 13 anos, para ouvir o jovem ler a Torá. Em seguida, os pais convidam para um kidush e oferecem bebidas refrescantes na sinagoga e uma refeição mais consistente em casa. O discurso do jovem é um costume muito antigo e importante, e visa mostrara ao público seu grau de conhecimento da Torá.

A tradição de dividir uma refeição com a comunidade faz parte dos costumes judaicos nas celebrações. Sempre houve uma relação entre a comida e as celebrações religiosas para os judeus. A hospitalidade generosa também faz parte da vida judaica. O Shabat, Pessach, Rosh-Hashaná, Sucot, são celebrados em torno da mesa. Um grande esforço é feito pelas mulheres na preparação das refeições. Uma festa, para a qual a comunidade é convidada, segue, geralmente, um casamento e uma circuncisão, assim como um Bar Mitzvá. A festa de Bar Mitzvá começou por um modesto kidush nos tempos medievais. Porém, no século XVI, já passou a ser uma seudat mitzvá. Em alguns casos, permite-se ao jovem colocar o tefilin entre um a seis meses antes de completar 13 anos, para praticar antes do dia do Bar Mitzvá.

Paralelamente, as meninas tem o Bat Mitzvá, celebrado aos 12 anos, e não aos 13, como os meninos. Isto porque as meninas são consideradas maduras mais cedo que os meninos. A festa do Bat Mitzvá só foi difundida recentemente e, mesmo assim, não foi ainda assimilada em todas as comunidades.

Na próxima semana: Vários costumes do Bar Mitzvá

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Foto do Dia

Pôr do sol no mar Mediterrâneo

Letras Sagradas

Numa madrugada, quando Gideão e suas tropas voltavam de uma batalha no vale do Rio Jordão, ele capturou um menino da cidade inimiga de Sucote e o submeteu a um interrogatório. A Bíblia diz que ele foi pressionado a revelar importantes informações militares. Então, o menino "escreveu para Gideão os nomes dos setenta e sete chefes e líderes de Sucote" (Jz 8.14).

Isso não seria nada surpreendente se a história tivesse acontecido hoje. Mas isso foi há mais de três mil anos e o garoto sabia escrever! Esse episódio indica que, já naquela época, muitas pessoas liam e escreviam. Os arqueólogos que trabalham no oriente Médio têm encontrado milhares de inscrições antigas.

Que instrumentos o menino teria usado? Uma caneta esferográfica e um caderno espiral? Nada disso. Em cada região usava-se um material, uma língua e uma escrita diferentes. Na Mesopotâmia, região onde se encontravam as famosas cidades de Nínive, Babilônia e Ur - e onde, provavelmente, a escrita foi inventada - as pessoas escreviam em tabuinhas de argila ainda mole, utilizando um estilete como caneta. Quando a redação terminava, esses tabletes de barro eram queimados no fogo para endurecer. Milhares desses tabletes, que incluíam cartas, listas de mercadorias, contratos, exercícios escolares e bibliotecas inteiras, tem sido encontradas pela Arqueologia.

No Egito, as pessoas preferiam usar o papiro, uma planta que crescia abundantemente às margens do rio Nilo, com a qual se faziam uma espécie de papel. Milhares de folhas e rolos de papiros com esse tipo de escrita foram encontrados dentro de sarcófagos, sepulturas, templos e palácios descobertos no Egito.

Os povos da Palestina, inclusive os judeus, por serem pastores de ovelhas e cabras, usavam o pergaminho, que era feito com o couro desses animais. A própria Bíblia, em grande parte, foi escrita em rolos de pergaminho. Eles são mencionados em vários textos, como o de Sl 40.7: "Eis aqui estou, no rolo do livro está escrito a meus respeito".

Portanto, quando a Bíblia foi produzida, a escrita já estava bastante desenvolvida, aperfeiçoada e difundida. Muitas pessoas, em todas as partes, sabiam ler e escrever. Assim, podiam mais facilmente trocar idéias com outras pessoas; podiam aprender muitas coisas sobre outros povos e sobre o mundo; podiam, acima de tudo, ler a bìblia e, como disse o apóstolo Paulo, "desde a infância, sabes as sagradas letras, que podem tornar-te sábio para a salvação" (2 Tm 3.15). De fato, se não cultivamos a habilidade de ler, perdemos a oportunidade de experimentar muita coisa boa!

Jorge Fabbro é arqueólogo, coordenador do curso de Pós-Graduação em Arqueologia do Oriente Médio Antigo na Universidade de Santo Amaro (Unisa) e presidente da Associação de Amparo à Criança e ao Adolescente (Educriança).

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Resultado da Enquete

Barraca da Síria com a Cláudia vestida à caráter
Barraca da Itália com Michel, Alexandre Marques, Vera e David

Barraca do Iraque com Alexandre Gama, Elizana e Márcia

O resultado da primeira enquete do blog foi a seguinte:
A barraca mais bem caracterizada da Festa das Nações:
* Iraque, Itália e Síria - 2 votos cada
* Israel - 1 voto
* Egito e Grécia - 0 votos
Fiquem de olho na próxima enquete.

O irmão de Jesus

Algumas pessoas não gostam nem de passar perto de cemitérios. Não é o que acontece com os arqueólogos! Na verdade, eles ficam muito contentes quando encontram uma sepultura antiga. Isso porque pode-se aprender muito com elas.

À semelhança do que acontece hoje, a maioria dos povos da antiguidade acreditava que a vida continuava depois da morte. Por essa razão, os mortos eram sepultados com objetos que, supostamente, poderiam ser úteis na vida futura. Nutria-se, também, grande respeito pelos mortos. Por isso, as sepulturas eram consideradas invioláveis.

Muito cedo na história, surgiram ladrões especializados em saquear sepulturas, porque sabiam que nelas podiam encontrar pequenos e grandes tesouros. Nas escavações arqueológicas, é comum encontrar sepulturas remexidas, vazias, saqueadas. Contudo, ocasionalmente, para alegria dos arqueólogos, encontram-se sepulturas intocadas, com os restos mortais e todos os objetos na exata posição em que foram enterrados, milênios atrás. Nas ruínas de Israel, por exemplo, encontram-se milhares de vasos inteiros, em perfeito estado de conservação.

Às vezes, tesouros de valor incalculável são achados. Em 1922, o arqueólogo inglês Howard Carter encontrou a sepultura do faraó Tutankhamon, do mesmo jeito em que foi fechada há quase 3.500 anos! Ela estava repleta de fantásticos tesouros! Quem visita o museu do Cairo pode ver de perto o que os olhos fascinados de Carter viram ao entrar no túmulo do rei egípcio: sua múmia, sarcófagos, móveis, tronos, camas, carruagens, cetros, armas, jóias, tudo coberto de ouro.

Em 1974, outro achado surpreendente foi feito por agricultores. Ao cavar um poço, eles encontraram a sepultura do imperador chinês Qin Shi Huang, com suas milhares de estátuas, em tamanho natural, de soldados, cavalos e vários outros animais, enterrados há mais de dois mil anos.

Uma outra descoberta fantástica veio à luz. Desta vez, muito provavelmente, graças aos ladrões de cemitério! Em 2002, André Lemaire, arqueólogo da Universidade de Sorbonne, visitando uma loja de antiguidades em Israel, encontrou uma urna funerária de origem desconhecida. Para sua enorme surpresa, a urna trazia a inscrição, em hebraico antigo: "Tiago, filho de José, irmão de Jesus".

O Evangelho de Mateus registra a seguinte referência a Jesus: "Não é este o filho do carpinteiro? Não se chama sua mãe Maria e Seus irmãos Tiago, José, Simão e Judas?" (Mt 13.55; Mc 6.3). Além de irmão, Tiago era também um dos apóstolos. Paulo refere-se a ele nos seguintes termos: "Não vi outro dos apóstolos, senão Tiago, o irmão do Senhor" (Gl 1.19).

Cientistas ainda estão estudando esse achado, submetendo-o a análises e testes diversos. Mas muitos já estão convencidos de que a urna é genuína e pode mesmo ter sido usada para guardar os restos mortais do apóstolo Tiago, irmão de Jesus. Se isso se confirmar, essa será a mais antiga referência a Jesus fora da Bíblia.

Jorge Fabbro é arqueólogo, coordenador do curso de Pós-Graduação em Arqueologia do Oriente Médio Antigo na Universidade de Santo Amaro (Unisa) e presidente da Associação de Amparo à Criança e ao Adolescente (Educriança).

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Conflito Israel x Palestina - Última Parte

2003 - Plano de Paz Internacional
O plano é oficializado em 2003. Seu texto propõe um cessar-fogo bilateral, a retirada israelense das cidades palestinas e a criação de um Estado palestino provisório em partes da Cisjordânia e da faixa de Gaza. Em uma última fase, seria negociado o futuro de Jerusalém, os assentamentos judaicos, o destino dos refugiados palestinos e as fronteiras. Não é mencionado no texto a exigência do governo israelense de que o presidente da ANP, Yasser Arafat, morto em 11 de novembro de 2004, seja removido do cargo. Apenas diz que os palestinos precisam de uma liderança que atue duramente contra o terror.

2003 - Mahmoud Abbas
Em maio, assume o cargo de premiê palestino o moderado Mahmoud Abbas, indicado por Yasser Arafat após ampla pressão internacional.

Abbas renuncia cerca de quatro meses depois após divergências com Arafat em relação ao controle da segurança palestina.

2004 - Morte de Arafat
Em novembro, morre o líder da Organização pela Libertação da Palestina (OLP), Yasser Arafat.

2005 - Eleição
Em janeiro, Mahmoud Abbas vence as eleições e se torna o novo presidente da Autoridade Nacional Palestina. Um ano depois, a frustração com seu partido, o Fatah, acusado de corrupção, colabora para a vitória do movimento rival Hamas nas eleições parlamentares palestinas, levando o islâmico Ismail Haniyeh co posto de premiê.

A vitória do Hamas levou a comunidade internacional (liderada pelos EUA e por Israel) a empreenderem um boicote financeiro à ANP, detonando crises internas e episódios de violência.

2005 - Plano de retirada
Lançado pelo premiê israelense, o plano unilateral de Sharon (que alega ter tomado essa iniciativa por não contar com interlocutores confiáveis no lado palestino) visa retirar de Gaza e parte da Cisjordânia 25 assentamentos judaicos e suas forças militares. Convivem hoje no território 1,3 milhão de palestinos e cerca de 8.500 judeus. Facções contrárias à retirada adotam o discurso de não desistir de nenhum centímetro de terra.

2006 - Afastamento de Sharon
Em janeiro, o então premiê israelense Ariel Sharon sofre um derrame cerebral e entra em coma. Ele é substituído interinamente pelo atual premiê Ehud Olmert. Em março, eleições israelenses dão a vitória ao partido Kadima (centro), de Olmert, e após formar uma coalizão o líder é confirmado no posto de premiê israelense.

2007 - Governo de coalizão palestino
Após meses de negociações, os partidos palestinos rivais Fatah (do presidente da ANP, Mahmoud Abbas) e Hamas (do premiê palestino, Ismail Haniyeh) concordam com a criação de um novo gabinete com poder compartilhado. O acordo foi fechado em Meca (Arábia Saudita) em uma reunião com Abbas, Haniyeh e o líder político do Hamas na Síria, Khaled Meshaal, no dia 8 de fevereiro.

A negociação foi marcada pela violência interna que custou a vida de dezenas de palestinos entre dezembro e fevereiro.

Apesar da comunidade internacional (incluindo Israel) ter pressionado pela realização do acordo entre os dois movimentos, Israel não tem a intenção de tratar com o novo governo palestino.

O Hamas continua a não aceitar de forma direta ou indireta o reconhecimento de Israel, os acordos firmados e a renúncia à violência, informou um comunicado do Ministériode Relações Exteriores de Israel. Esses três pontos são as exigências da comunidade internacional para o fim do bloqueio financeiro à ANP.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Vídeo - 14/05/1948 Independência de Israel

Foto do Dia

A Declaração Balfour - 1917

Conflito Israel x Palestina - Parte V

O conflito israelo-palestino envolve a disputa dos dois povos pelo direito à soberania e pela posse da terra ocupada por Israel e pelos territórios palestinos. O impasse teve início no século XIX, quando judeus sionistas expressaram um desejo de criar um Estado moderno em sua terra ancestral e começaram a criar assentamentos na região, na época controlada pelo Império Otomano. Desde então, houve muita violência e controvérsia em torno da questão, assim como vários processos de negociações de paz durante o século XX e ainda estão em andamento.

Veja a cronologia do conflito:

1917 - Declaração do Reino Unido
O Reino Unido divulga a declaração de Balfour, que concede aos judeus direitos políticos como nação, e foi vista pelo povo judeu como uma promessa para a formação de um Estado Judeu nos territórios palestinos.

1947 - Plano de partilha da ONU
Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) aprova plano para partilha da Palestina, ou seja, a criação de Israel e de um Estado palestino. Até então, a região era uma colônia britânica. A partilha é rejeitada por árabes e palestinos, que prometem lutar contra a formação do Estado judaico.

1949 - Expansão das fronteiras
Em 1949 Israel vence guerra árabe-israelense e expande fronteiras. Cisjordânia e Jerusalém Oridental ficam com a Jordânia; Gaza, com o Egito.

Vários outros conflitos armados ocorreram entre Israel e os árabes e palestinos tendo como foco Israel e seu território. No que concerne à conquista de terras, é importante destacar também a Guerra dos Seis Dias, em 1967, quando Israel conquista o deserto do Sinai, a Faixa de Gaza (Egito), a Cisjordânia, Jerusalém Oriental (Jordânia) e as Colinas de Golã (Síria).

Em 1982, seguindo um acordo entre Israel e o Egito alcançado três anos antes, os israelenses se retiram do Sinai.

1987 - Intifada
Entre 1987 e 1993, os palestinos empreenderam uma revolta popular contra Israel que ficou conhecida como Intifada. Marcada pelo uso de armas simples, como paus e pedras lançadas pelos palestinos contra os israelenses, a Intifada incluiu também uma série de atentados graves contra judeus.

1993 - Acordos de Oslo
Em 1993, na Noruega, Israel se compromete a devolver os territórios ocupados em 1967 em troca de um acordo de paz definitivo. Israel deixa boa parte dos centros urbanos palestinos em Gaza e Cisjordânia, dando autonomia aos palestinos, mas mantém encraves. O prazo é adiado devido a impasses sobre Jerusalém, o retorno de refugiados palestinos, os assentamentos judaicos e atentados terroristas palestinos.

1998 - Processo de paz
Após acordos de paz entre israelenses e palestinos, como o de Oslo (1993) e o de Wye Plantation (1998), Israel entregou porções de terra aos palestinos.

2000 - Camp David
Em julho de 2000, em Camp David (EUA), Israel ofereceu soberania aos palestinos em certas áreas de Jerusalém Oriental e a retirada de quase todas as áreas ocupadas, mas Yasser Arafat (morto em 11 de novembro de 2004, após ficar internado durante 14 dias em um hospital militar na França) exigiu soberania plena nos locais sagrados de Jerusalém e a volta dos refugiados. Israel recusou.

2000 - Segunda Intifada
O segundo levante popular palestino contra Israel que teve início em setembro de 2000 ficou conhecido como segunda Intifada, e começou quando o então premiê de Israel, Ariel Sharon, visitou a Esplanada das Mesquitas, local mais sagrado de Jerusalém para palestinos e judeus (que o chamam de Monte do Templo).

2002 - Muro de proteção
Israel começa a erguer uma barreira para se separar das áreas palestinas com o objetivo de impedir a entrada de terroristas. Palestinos afirmam que a construção do muro é uma anexação de território. A construção inclui série de muros de concreto, trincheiras fundas e cercas duplas equipadas com sensores eletrônicos.

2002 - Quarteto
Em outubro de 2002, um enviado dos EUA apresenta pela primeira vez um esboço do planode paz internacional elaborado pelo Quarteto (EUA, Rússia, União Européia e ONU). O novo plano segue as linhas traçadas pelo presidente dos EUA, George W. Bush. Prevê o fim da violência, seguido por reformas políticas e nos serviços de segurança palestinos e a retirada de Israel de territórios ocupados.

Forças israelenses cercam Arafat na Muqata (QG do líder) em meio a uma ampla ofensiva lançada após uma onda de ataques terroristas em Israel. Arafat fica proibido por Israel de deixar a Muqata. Fica confinado até antes de sua morte, em novembro de 2004.

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

O Lixo que Fala



Se você quisesse saber tudo a respeito de seu novo vizinho, qual seria o melhor meio? Conversar com ele ou ... revirar seu lixo? Bem, pode não ser nada educado, mas analisar o lixo de alguém, durante algum tempo, pode ser a melhor opção!

No saco de lixo de cada dia você encontraria restos de comida, envelopes rasgados mostrando o remetente, embalagens de remédios, louças quebradas, roupas e sapatos velhos, pedaços de papel rabiscados, frascos vazios, extratos bancários, cartas, contas, e uma infinidade de outras coisas (até nojentas), mas muito, muito reveladoras!

Com esse lixo, um pouco de inteligência e um bom laboratório, imagine quanta informação você poderia obter. Você poderia saber quantas pessoas moram na casa, o sexo e a idade aproximada de cada uma delas; seus hábitos alimentares, se alguém está doente e de qual doença está sofrendo, sua condição econômica, o time para o qual torcem, suas preferências políticas e até sua religião.

Foi assim que espiões já obtiveram muitas informações importantes no passado recente. E, de certo modo, é exatamente assim que nós, arqueólogos, obtemos informações sobre os povos que viveram na Antiguidade, há milhares e milhares de anos.

Arqueologia é a ciência que busca conhecer o passado estudando os restos materiais deixados pelas antigas civilizações: ruínas soterradas de cidades, templos, palácios, casas, sepulturas, utensílios, adornos, cacos de cerâmica, fossas, cisternas, sementes, ossos, inscrições, etc.

Por isso, a Arqueologia tem sido muito útil para se estudar os lugares, os povos e as pessoas mencionados na Bíblia. Embora eles tenham existido num passado bastante remoto, ainda hoje podemos encontrar seu "lixo", isto é, seus remanescentes materiais . A Arqueologia, portanto, nos ajuda a perceber que aquelas pessoas existiram de fato e, ainda mais importante, nos ajuda a entender seu modo de vida, seus costumes e suas crenças. Em suma, a Arqueologia é uma importante feramenta para que possamos compreender melhor a Bíblia.

Jorge Fabbro é arqueólogo, coordenador do curso de Pós-Graduação em Arqueologia do Oriente Médio Antigo na Universidade de Santo Amaro (Unisa) e presidente da Associação de Amparo à Criança e ao Adolescente (Educriança).

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Foto do Dia

Mar da Galiléia, visto a leste pelas Colinas de Golã (Palestina)

Conflito Israel x Palestina - Parte IV

SAIBA MAIS SOBRE O ESTADO DE ISRAEL


O Estado de Israel foi fundado em 1948, após o plano de partilha elaborado pela ONU, que dividiu a região, embora sob domínio britânico, em Estados árabes e judeus, embora os primeiros tenham rejeitado o plano.

Foi o ponto alto do movimento sionista que buscava um Estado independente para os judeus.
Desde então, a história de Israel, assim como a sua extensão territorial, tem girado em torno de conflitos com palestinos e nações árabes vizinhas. Houve guerras com o Egito, a Jordânia, a Síria e o Líbano, mas sem que a tensão na região diminuísse.
Nesse período, Israel ocupou a península do Sinai, a Cisjordânia, a Faixa de Gaza, as Colinas de Golã, o sul do Líbano. Em 1979, Egito e Israel selaram um acordo de paz, e os israelenses retiraram-se do Sinai em 1982. Disputas territoriais com a Jordânia foram resolvidas em 1994. Seis anos depois, Israel retirou-se unilateralmente do sul do Líbano.
Em 1993 foi assinado o Acordo de Oslo, que deu início ao processo de paz com os palestinos. Pelo acordo, a Faixa de Gaza e a Cisjordânia passariam a ser território administrado pela ANP (Autoridade Nacional Palestina). Em 2005, Israel retirou suas tropas e colonos judeus (sob protestos destes) da Faixa de Gaza.

Apesar da devolução da Faixa de Gaza e de partes da Cisjordânia para o controle palestino, um acordo de "status final" ainda precisa ser estabelecido. Para isso, será preciso resolver os principais pontos de discórdia, que são o status de Jerusalém e o destino de refugiados palestinos e de assentamentos judeus.

Mais recentemente, a eleição do Hamas (grupo terrorista e partido político cuja carta de fundação prevê a destruição do Estado de Israel) em janeiro de 2006 para liderar o Conselho Legislativo Palestino congelou as relações entre Israel e a ANP.

RAIO X - ISRAEL

* Nome: Estado de Israel
* Capital: Jerusalém (capital nacional e sede do governo), Tel Aviv (reconhecida internacionalmente)
* Divisão: Seis distritos
* População: 6.352.117 (inclui cerca de 187.000 israelenses na Cisjordânia, 20.000 nas Colinas de Golã e menos de 177.000 no leste de Jerusalém, em estimativa de 2006)
* Área: 20.770 km2 (não inclui territórios ocupados)
* Idioma: hebraico (oficial), árabe e inglês
* Moeda: Shekel novo
* Religião: Judaica (76,4%); muçulmana (16%); cristãos árabes (1,7%); outros cristãos (0,4%). Estatísticas de 2004
* Forma de governo: República parlamentarista
* Posição no IDH: 23º (O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da ONU mede o desenvolvimento do país com base na expectativa de vida, no nível educacional e na renda per capita. A Noruega lidera a lista e o Brasil em 69º lugar)
* Renda per capita: US$ 26.200,00
* Internautas: 3,7 milhões
* Analfabetismo: 4,6% (2003)
* População abaixo da linha da pobreza: 21,6% (2005)

Conflito Israel x Palestina - Parte III

SAIBA MAIS SOBRE A FAIXA DE GAZA E A CISJORDÂNIA



O conflito israelo-palestino envolve a disputa dos dois povos pelo direito à soberania e pela posse da terra ocupada por Israel e pelos territórios palestinos.

Tanto israelenses quanto palestinos reivindicam sua parte da terra com base na história, na religião e na cultura. Os israelenses, representados pelo Estado de Israel, têm soberania sobre grande parte do território, que foi conquistado após a derrota dos árabes em duas guerras - o conflito árabe-israelense de 1948 e a Guerra dos Seis Dias, de 1967.

Os palestinos, representados pela Autoridade Nacional Palestina (ANP), querem assumir o controle de parte dos territórios e estabelecer um Estado Palestino soberano e independente.

Grande parte dos palestinos aceitam as regiões da Cisjordânia e da Faixa de Gaza como território para um futuro Estado Palestino. Muitos israelenses também aceitam essa solução.

Uma discussão em torno dessa solução ocorreu durante os Acordos de Oslo, assinados em setembro de 1993 entre Israel e a Organização para a Libertação da Palestina (OLP), que permitiu a formação da ANP. No entanto, Israel e ANP não chegaram a uma posição comum.

RAIO X - FAIXA DE GAZA

* População: 1.428.757
* Área: 360 km2
* Idioma: Hebraico, árabe e inglês
* Moeda: Shekel novo
* Religião: Muçulmanos (maioria sunita) - 98,7%; cristãos - 0,7%; judeus - 0,6%
* Renda per capita: US$ 1.500,00 (2003)

RAIO X - CISJORDÂNIA

* População: 2.460.492 (além dos 187.000 colonos judeus na Cisjordânia e menos de 177.000 no leste de Jerusalém, em 2004)
* Área: 5.860 km2
* Idioma: Hebraico, árabe e inglês
* Moeda: Shekel novo, dinar jordaniano
* Religião: Muçulmanos (mioria sunita) - 75%; judeus - 17%; cristãos - 8%
* Renda per capita: US$ 1.500,00 (2005)

sábado, 5 de janeiro de 2008

Festa das Nações - Resultado Final

Quero pedir desculpas aos grupos por não ter publicado o resultado da Festa das Nações. Eis aí o resultado:

1º) Grupo Vencedores (Itália) - 1.845,0 Pontos
2º) Grupo Peniel (Síria) - 1.840,0 Pontos
3º) Grupo Alfa e Ômega (Egito) - 1.790,0 Pontos
4º) Grupo Hermom (Iraque) - 1.675,0 Pontos
5º) Grupo Terra de Israel (Israel) - 1.465,0 Pontos
6º) Grupo Tribo de Judá (Grécia) - 1.400,0 Pontos

Parabéns ao grupo Vencedores pela vitória: Alexandre Marques, David, Michel, Shirley e Vera.

Foto do Dia

Centro de Ramallah - Capital da Palestina

ANP - Parte II

A Autoridade Nacional Palestina surgiu como resultado dos Acordos de Oslo, assinados em Setembro de 1993 por Israel e a Organização para a Libertação da Palestina (OLP). Nos termos estabelecidos, a Autoridade deveria existir até maio de 1999. No fim deste período esperava-se ter resolvido o estatuto final dos territórios da Faixa de Gaza e da Cisjordânia, ocupados por Israel após a vitória da Guerra dos Seis Dias de 1967. A Autoridade Nacional Palestina deveria administrar parte significativa destes territórios, assegurando através de forças policiais próprias a segurança dos territórios.

Em maio de 1994 Israel retirou-se de partes da Faixa de Gaza e da cidade de Jericó na Cisjordânia e em pouco tempo a Autoridade entrou em funções. Os seus primeiros membros não foram eleitos, sendo membros da OLP. A Autoridade assumiu o controle da educação, saúde, turismo e finanças.

Apesar da oposição a este processo, oriunda quer do lado palestiniano, quer do lado israelita, a 28 de setembro de 1995 Arafat e o primeiro-ministro Rabin assinaram um acordo em Washington no qual se previa a expansão do controle da ANP na Cisjordânia, assim como a realização de eleições para a presidência da ANP e para o Conselho Legislativo da Palestina. As cidades de Jenin, Nablus, Tulkarm, Belém, Qalqilyah e Ramallah, todas situadas na Cisjordânia, passaram para o controle da ANP. Em outubro de 1995 Israel entregou pequenas aldeias da Cisjordânia à ANP.
Em janeiro de 1996, tiveram lugar as primeiras eleições para a presidência da Autoridade Nacional Palestina e para o Conselho Legislativo da Palestina.
Em fevereiro de 2005, o primeiro-ministro de Israel, Ariel Sharon e Mahmoud Abbas, encontraram-se numa cimeira em Sharm al-Sheikh e declararam uma trégua que terminou com a intifada de Al-Aqsa. Em setembro do mesmo ano, Israel deu por terminada a retirada dos seus colonatos da Faixa de Gaza e a partir de então a ANP passou a assumir o controle daquele território.
Em janeiro de 2006, o Hamas, grupo considerado terrorista pelo Estado de Israel, venceu as eleições parlementares e formou governo com Ismail Haniya como primeiro-ministro. Analistas políticos consideraram a derrota do partido moderado Fatah nas eleições resultado da insatisfação da população palestina com a incopetência e corrupção do partido Fatah, que detinha o poder da Autoridade Palestina. Novas tensões do conflito tomaram forma, uma vez que o Hamas mantém em seu programa político a destruição do Estado de Israel.
No dia 15 de junho, após uma série de conflitos na ANP, o presidente Mahmoud Abbas destitue Ismail Haniyeh de seu cargo, e nomeia Salam Fayyad como primeiro-ministro palestino. O Hamas rejeitos Salam Fayyad e disse que vai continuar controlando a ANP.

Conflito Israel X Palestina - Parte II

OUTROS CONFLITOS

Mas Israel e a Autoridade Nacional Palestina (ANP) não estão sozinhos ao protagonizar disputas na região.

Marcados por diferenças religiosas, culturais e políticas, os Estados árabes e persa (Irã) que integram a região vivem inúmeros conflitos alimentados pelo jogo de influências da comunidade internacional.

A última guerra no Líbano (entre julho e agosto de 2006), o conflito no Iraque, o aumento na tensão entre o Irã e os Estados Unidos, a luta no Afeganistão entre as forças internacionais e o grupo radical islâmico Taleban (grupo extremista islãmico deposto por uma coalizão liderada pelos Estados Unidos no final de 2001, que controlava mais de 90% do Afeganistão) são exemplos.

Geograficamente, o Oriente Médio se situa ao redor das costas sul e leste do mar Mediterrâneo. Em várias definições, a região se estende desde o Marrocos até a península arábica e o Irã, mas não há um significado oficial para o termo. De forma geral, o Oriente Médio assumiu seu sentido atual quando este nome foi dado ao exército britânico que comandava no Egito durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

À época, a região conhecida como Oriente Médio englobava Turquia, Chipre, Síria, Líbano, Iraque, Irã, territórios palestinos (onde hoje se encontra o Estado de Israel), Jordânia, Egito, Sudão, Líbia e os vários Estados árabes (Arábia Saudita, Kwait, Iemen, Omã, Bahrein, Qatar e Emirados Árabes).

Informalmente, vários outros países são hoje incluídos no termo. Os três países do norte da África - Tunísia, Argélia e Marrocos - sendo próximos dos Estados árabes, com relação à política externa e religião, podem ser incluídos na definição. Além disso, fatores geográficos e culturais costumas associar também o afeganistão e o Paquistão ao Oriente Médio.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

ANP - Parte I

A Autoridade Nacional Palestina - ANP (árabe: السلطة الوطنية الفلسطينية As-Sulta Al-Wataniyya Al-Filastiniyya. Hebraico: הרשות הפלסטינית Harashut Hafalastinit) é uma instituição estatal semi-autonoma governando nominalmente partes da Cisjordânia e a Faixa de Gaza. Foi estabelecida como parte dos acordos de Oslo entre a OLP e Israel. A Autoridade Palestina detém o controle sobre assuntos de segurança e civis nas áreas urbanas palestinas (chamadas nos acordos de Oslo de "Área A"), e controle civil sobre as áreas rurais palestinas ("Área B").

ESTRUTURA

A Autoridade Nacional Palestina é composta por um ramo executivo e por um ramo legislativo.

O ramo executivo é encabeçado pelo presidente, eleito para um mandato de cinco anos, sujeito apenas a uma reeleição. O presidente nomeia um primeiro-ministro que governa acompanhado pelos ministros do seu gabinete. O cargo de primeiro-ministro da ANP é recente, tendo sido instituído em maio de 2003.

O ramo legislativo corresponde ao Conselho Legislativo Palestiniano, órgão composto por 132 membros eleitos pelos palestinianos maiores de 18 anos residentes na Faixa de Gaza e na Cisjordânia.

RAIO X

* Hino Nacional: Biladi
* Nacionalidade: Palestino / Palestiniano
* Capital: Ramallah
* Caidade mais populosa: Gaza
* Língua oficial: Árabe
* Governo: Presidente (Mahmoud Abbas); Primeiro-ministro (Salam Fayyad)
* Área: 6.220 km2
* Água: 3,54%
* População: 3.702.212 hab (128º) / Densidade: 595 hab/km2 (18º)
* IDH: 0,729 (102º) - médio
* Expectativa de vida: 71 (homens) e 74 (mulheres) anos
* Moeda: Dinar jordaniano; Novo shequel israelita
* Org. Internacionais: Liga Árabe

OPEP - Parte II

GUERRA DO YOM KIPPUR

A persistência do conflito israelo-árabe forçou a OPEP a tomar atitudes drásticas. Logo após a Guerra dos Seis Dias em 1967, os membros árabes da OPEP fundaram a Organização dos Países Árabes Exportadores de Petróleo com o propósito de centralizar a política de atuação e exercer pressão no Ocidente, que apoiava Israel. O Egito e a Síria, embora não fossem países exportadores usuais de petróleo, passaram a fazer parte da nova organização. Em 1973, a Guerra do Yom Kippur alarmou a opinião pública árabe. Furiosos com o fato de que o fornecimento de petróleo havia permitido que Israel resistisse às forças egípcias e sírias, o mundo árabe impôs um embargo contra Estados Unidos, Europa Ocidental e Japão.

O conflito israelo-árabe provocou uma crise. Os membros da OPEP pararam de exportar petróleo para o Ocidente, fazendo com que tivessem que reduzir os gastos anuais com energia, aumentar os preços, e ainda vender mercadorias com preço inflacionado para os países do Terceiro Mundo produtores de petróleo. Isto foi agravado pelo Xá do Irã Reza Palhevi, que era o segundo maior exportador de petróleo mundial e aliado mais próximo dos Estados Unidos na época. "É claro que o preço do petróleo vai aumentar", disse ele ao New York Times em 1973. "Certamente, e como ... vocês (países do ocidente) aumentaram o preço do trigo vendido a nós em 300%, o mesmo ocorreu com o açúcar e com o cimento ... vocês compram nosso petróleo bruto e nos vendem ele de volta beneficiado na forma de produtos petroquímicos por uma centena de vezes o preço que vocês o compraram. Seria no mínimo justo que, daqui pra frente, vocês paguem mais pelo petróleo. Poderíamos dizer umas dez vezes mais".

OPEP - Parte I

Bandeira da OPEP

Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP ou, pelo seu nome em inglês, OPEC) é uma organização composta por países que retêm algumas das maiores reservas de petróleo do mundo, como é o caso da Arábia Saudita.

A OPEP é o exemplo mais conhecido de cartel: seu objetivo é unificar a política petrolífera dos países membros, centralizando a administração da atividade, o que inclui um controle de preços e do volume de produção, estabelecendo pressões no mercado.

MEMBROS

A organização tem agora 13 membros. Estão listados abaixo, com as datas de sua entrada na organização:

* Angola (África - Janeiro 2007)
* Arábia Saudita (Oriente Médio - Setembro 1960)
* Argélia (África - Julho 1969)
* Emirados Árabes (Oriente Médio - Novembro 1967)
* Equador (América do Sul - de 1973 até 1992, retornando em dezembro de 2007)
* Indonésia (Ásia - Dezembro 1962. A sociedade encontra-se atualmente sob revisão, pois a Indonésia não é mais considerada pela OPEP como um país exportador líquido de petróleo)
* Irã (Oriente Médio - Setembro 1960)
* Iraque (Oriente Médio - Setembro 1960)
* Kwait (Oriente Médio - Setembro 1960)
* Líbia (África - Dezembro 1962)
* Nigéria (África - Julho 1971)
* Qatar (Oriente Médio - Dezembro 1961)
* Venezuela (América do Sul - Setembro 1960)

Ex-membro : Gabão (África - de 1975 a 1994)

Embora sete dos treze membros e ex-membros da OPEP sejam nações árabes, a língua oficial da organização é a inglesa.

HISTÓRIA

Foi criada em 17 de setembro de 1960 como uma forma dos países produtores de petróleo se fortalecerem frente às empresas compradoras do produto, em sua grande maioria pertencentes aos Estados Unidos, Inglaterra e Holanda, que exigiam cada vez mais uma redução maior nos preços do petróleo.

Sede da OPEP em Viena (Áustria)

quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

Conflito Israel x Palestina - Parte I

O Estado de Israel, que abriga mais de 6 milhões de pessoas, é um dos países mais desenvolvidos do Oriente Médio, a começar por sua economia: o país é lider de exportação de diamantes, equipamentos de alta tecnologia, e alimentos, como frutas e vegetais.

Além de todo esse desenvolvimento, a economia israelense conta com a ajuda dos Estados Unidos, que provê vários empréstimos ao país. A economia desenvolvida, porém, não alivia o peso de um dos países mais controversos do mundo.

Enquanto Israel depende da exportação de petróleo, os países vizinhos são ricos neste recurso, o que financia (e gera) muitos dos conflitos locais. A OPEP (organização dos países exportadores de petróleo) inclui entre seus membros seis nações da região: Arábia Saudita, Irã, Iraque, Kwait, Emirados Árabes e Qatar, de acordo com seu site.

Desde de sua criação, após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), Israel e todo o Oriente Médio vêm sendo sacudidos por guerras e confrontos entre judeus e árabes, que não concordam com a divisão territorial das antigas terras palestinas.

A Autoridade Nacional Palestina (ANP) surgiu como resultado dos Acordos de Oslo, assinados em setembro de 1993 entre Israel e a Organização para a Libertação da Palestina (OLP).

Nos termos estabelecidos no acordo, a ANP deveria existir até maio de 1999. No final deste período, o estatuto final dos territórios da faixa de Gaza e da Cisjordânia, ocupados por Israel após a vitória da Guerra dos Seis Dias, de 1967, já deveria estar resolvido.

Em janeiro de 1996 foram realizadas as primeiras eleições para a presidência da ANP e para o Conselho Legislativo da Palestina. Yasser Arafat foi eleito presidente com 87,1% dos votos, ocupando o cargo até a sua morte em dezembro de 2004. O seu partido, a Fatah, ganhou 55 dos 88 lugares do Conselho.

O cargo de primeiro-ministro da ANP foi criado em 2003 pelo Conselho Legislativo da Palestina (por sugestão dos Estados Unidos), tendo sido Mahmoud Abbas (eleito presidente da ANP em janeiro de 2005) o primeiro a ocupar o cargo.

Em janeiro de 2006, o Hamas (grupo considerado terrorista por Israel, pelos Estados Unidos e pela União Européia), vendeu as eleições parlamentares e formou governo com Ismail Haniyeh como primeiro-ministro. A vitória do Hamas acirrou as tensões, já que o grupo não aceita a existência de Israel, e prega a destruição do Estado em sua carta de fundação, de 1988.