O quintal era a parte da moradia que as famílias mais apreciavam. O tamanho dele e a maneira como era arranjado dependiam, logicamente, das condições financeiras dos moradores. Às vezes, nos casos de moradias grandes, a construção era em forma de U, ocupando três lados do pátio, que então ficava no centro. Mas a maioria das casas era de um aposento, com um quintal pequeno. Quase todas as famílias judias utilizavam bastante o quintal, fazendo dele um centro de atividades.
Algumas colocavam nele um calçamento de ladrilhos, e o decoravam com folhagens, flores, e até árvores. Às vezes havia também um poço para recolher água da chuva, apesar de que a água utilizada pela família tinha que ser buscada num rio ou fonte próxima. Algumas das pessoas ricas já contavam com um sistema de água encanada. E nas cidades grandes, como Jerusalém e Cesaréia, havia esgotos também. O extenso sistema de esgotos de Cesaréia deve ser creditado à engenharia dos romanos.
Raras eram as casas que possuíam hortas e jardins. Havia apenas os cultivos de algumas folhagens. A plantação de hortaliças para suprir a cidade de verduras era feita em terrenos nos arredores da cidade, do lado de fora dos muros, em extensas hortas, dos quais um exemplo é o jardim onde está situado o túmulo de Jesus (Jo 20.15). O local onde Cristo foi traído, por exemplo, é uma plantação de oliveiras, fora das muralhas da cidade, próximo ao ribeiro Cedrom (Jo 18.1). Obviamente, esse jardim era cercado por um muro de pedras.
Os judeus geralmente preparavam as refeições no quintal. As festas também eram realizadas ali. Nessas ocasiões, os familiares e amigos cantavam e dançavam alegremente ao som de seus instrumentos musicais, enquanto saboreavam alguma coisa.
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